RICARDO BRUNO
O lançamento da candidatura de Clarissa Garotinho, pelo União Brasil, movimenta as peças do tabuleiro da disputa pela vaga ao Senado, trincando a base bolsonarista, que, por falta de alternativa, seguia aparentemente com a candidatura de Romário.
O ex-craque dos gramados não tem, contudo, engajamento efetivo dos simpatizantes do presidente, que não lhe identificam credenciais para representá-los no pleito. Falta-lhe coerência na defesa de uma pauta de costumes conservadores e firmeza na apresentação de postulados caros à direita.
Romário não é nem conservador, nem de direita. É apenas um talentoso ex-atacante, oportunista em jogadas na pequena área. Na política, preservou a última característica. Viu em Bolsonaro a chance de romper o bloqueio a que estava submetido e, por este drible cheio de oportunismo, se colocar na frente da gol para sagrar-se vitorioso com a reeleição.
A trajetória do atual senador do PL é marcada pela habilidade nos gramados e a fama de farrista e galanteador inveterado. Não há qualquer interseção com o discurso pudico da base evangélica de Jair Bolsonaro. Por mais que se esforce, a conversão do “baixinho” ao bolsonarismo tem algo postiço, não é minimamente convincente.
É sobre esta fragilidade do adversário que Clarissa Garotinho vai tentar avançar na construção da estratégia de campanha. Não por acaso sua primeira frase, após a confirmação da candidatura, foi: “O Senado precisa de alguém que jogue, realmente, pelo Rio”.
Clarissa entra em campo determinada a marcar Romário com firmeza, sem deixar espaço para ele avançar sobre os simpatizantes de Jair Bolsonaro. Evangélica, com o sobrenome Garotinho, sonha em obter apoio mais explícito do presidente, a quem nos últimos meses passou a defender com ardor nas redes sociais. Deve radicalizar o discurso de costumes para tentar se consolidar no meio evangélico, onde Jair Bolsonaro lidera.
Se for bem sucedida na empreitada, deve provocar estragos na candidatura de Romário, produzindo na centro-direita uma divisão assemelhada à disputa em curso na esquerda, entre o petista André Ceciliano e o pessebista Alessandro Molon.
A cisão do campo conservador pode permitir o avanço de um candidato progressista. Com Romário livre, sem qualquer marcação em seu terreno, a esquerda apresentava dificuldade em avançar. Sem adversários, o atacante ardiloso de outrora jogava parado, batendo bola nas partidas de altinho na Praia de Barra. Era suficiente para manter o nome aquecido pelo recall de sua atuação nos gramados e pelas últimas disputas eleitorais. Agora, terá de correr em campo. E muito.
Com quatro candidatos polarizando a peleja – dois à direita e outros dois à esquerda – a disputa da vaga ao Senado deve se estreitar a partir do efetivo apoio dos respectivos padrinhos. Se, de fato, Lula abraçar Ceciliano, como se espera, e Bolsonaro, Clarissa, como ela acredita, poderemos ter na reta final uma disputa absolutamente diferente do cenário atual detectado pelas pesquisas. O jogo está só começando.
Fonte: Agenda do Poder

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