Chico Machado: crônica de uma demissão anunciada

 

 

A Secretaria estadual de Governo nunca teve o número certo para o deputado Chico Machado (SDD). Desde que passou a despachar no Palácio Guanabara, no início de fevereiro, o moço se mostrou desconfortável.

Aos mais próximos, Machado reclamou dos riscos que assumiria ao tocar os programas sob o guarda-chuva da pasta.

Chegou a levar, com ele, antigos funcionários da Assembleia, muito familiarizados com o trabalho de controladoria. Conhecido como o ruralista da Carioca, não queria arriscar o seu poderoso CPF.

Por causa das desconfianças, a relação com seu antecessor na secretaria, o agora presidente da Assembleia, Rodrigo Bacellar (PL), ficou estremecida. E o núcleo duro do governo passou a olhar para ele de banda.

Com a pressão subindo mais que em panela de feijão, ontem, Chico pediu para sair. Disse que o trabalho no governo era tão intenso que não sobrava tempo para cuidar de seu reduto eleitoral, em Macaé. Que preferia voltar a ser deputado.

Para ficar bem com todo mundo, fez um vídeo agradecendo a Bacellar pela oportunidade.

Foi só a primeira

A saída do deputado Chico Machado (SDD) da Secretaria de Governo deu a partida nas mudanças já previstas na administração do estado.

Na mira, a área de Segurança Pública.

Nome e sobrenome

Na segunda-feira, ao anunciar a instalação de um posto do Detran em Maricá, o governador Cláudio Castro (PL) contou aos presentes que o presidente do departamento, Adolpho Konder, também está de saída.

Mas que não vai ficar ao relento. Vai assumir uma vaga na agência reguladora de transportes, a Agetransp.

Pelo ar de surpresa de Konder, o moço não sabia da novidade.

Por: Berenice Seara / Globo Extra.