Deputado de segundo mandato, Rodrigo Bacellar ganha notoriedade ao assumir a relatoria do processo de impeachment de Witzel. Hoje, após fazer cobrança pública a Castro, ele controla sete secretarias estaduais e articula candidatura em 2026
Com sete secretarias e controle de órgãos estratégicos no governo Cláudio Castro (PL), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar (União), mira a disputa pelo comando do estado em 2026, na avaliação de parlamentares, caciques partidários e integrantes do Palácio Guanabara. Para esses políticos, a influência de Bacellar cresceu ainda mais na esteira das investigações em curso contra Castro. O deputado do União Brasil, no entanto, não é o primeiro presidente da Alerj a fazer sombra no governador. A Casa tem um histórico de presidentes poderosos, como Sérgio Cabral e Jorge Picciani.
Deputado de segundo mandato com trajetória meteórica, Bacellar se projetou com o apoio do então presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), seu ex-aliado, e do próprio Castro. De Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense — reduto da família Garotinho, de quem é adversário —, Bacellar foi eleito deputado pela primeira vez em 2018 pelo Solidariedade. Em apenas uma legislatura, deixou o baixo clero para relatar o processo de impeachment do ex-governador Wilson Witzel, em 2020.
A função o cacifou para assumir a Secretaria de Governo do então recém-empossado governador Cláudio Castro, de onde se catapultou à presidência do Legislativo fluminense. Hoje, Bacellar senta à mesa para a tomada de decisões do Palácio Guanabara junto a três apadrinhados que integram o “núcleo duro” da gestão — os secretários de Governo, Bernardo Rossi; de Planejamento, Adilson Faria; e de Fazenda, Leonardo Lobo. Além dessas pastas, ele controla cargos em outras quatro secretarias: Educação, Trabalho e Renda; Transformação Digital; e Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços.
Também estão sob sua influência, postos em órgãos importantes do Estado, como o Detran, o DER, a Polícia Civil e o Rioprevidência. Em nova investida, ele ainda tenta conquistar mais uma secretaria, a de Meio Ambiente, hoje comandada pelo vice-governador, Thiago Pampolha (MDB).
— Depois de um ano de governo, ele (Bacellar) é um presidente em ascensão — resume o deputado Luiz Paulo (PSD), que acompanhou a trajetória de seis presidentes da Alerj.
Em entrevista ao GLOBO em julho do ano passado, o presidente da Alerj, à época ainda filiado ao PL, sigla do governador, afirmou que, apesar de sua boa relação com Castro, faltava ao chefe do Executivo “atender aos aliados”. Após essa cobrança pública, o deputado foi ganhando mais espaço no governo:
— Eu acho que falta um pouco mais de atendimento do governador, atender aos aliados. Já deixei isso claro para ele.
No fim do ano passado, Bacellar foi autorizado a trocar o PL pelo União, partido no qual foi recebido por lideranças nacionais e já com a missão de coordenar as estratégias da legenda para as próximas eleições.
Para políticos experientes, a aproximação de Castro com Bacellar também visa a não correr o risco de seguir o mesmo caminho de Witzel, que não tinha boa relação com Ceciliano — presidente da Alerj na época. Em dezembro passado, o ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático do governador no âmbito da Operação Sétimo Mandamento.
Na ocasião, a PF apreendeu R$ 128 mil e US$ 7.535 na casa do irmão do governador, Vinícius Sarciá Rocha. Também foram encontradas anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens. No começo das investigações, Sarciá trabalhava na Fundação Leão XIII, que administrava contratos sob avaliação. Na época da operação, Castro afirmou que a ação não trazia “nenhum novo fato à investigação”, “que não há nada contra ele, nenhuma prova” e que recebia a quebra de sigilos com “tranquilidade”.
Histórico de influência
Embora deputados da base o definam como “conciliador”, nos bastidores da Alerj Bacellar é tido como mais truculento que seus antecessores, principalmente em temas do Palácio Guanabara. À frente da Casa, a atuação o difere de outro poderoso chefe do Legislativo do Rio, Jorge Picciani, que ocupou o cargo durante as gestões de Rosinha Garotinho (2003-2007) e Sérgio Cabral (2007-2011).
O cacique do MDB, que morreu em 2021, era temido, mas tinha o respeito dos colegas e relação próxima com os titulares poderosos do Executivo. Para pessoas próximas, pesa a favor de Bacellar a ascensão de um governador com pouca experiência que se viu fragilizado politicamente com o avanço de investigações nas Cortes superiores.

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