Empresa de transporte ferroviário do estado apresenta plano de contingência para ser acionado caso Supervia deixe de operar

 

 

Plano apresentado na Alerj visa a garantir continuidade do transporte ferroviário dos passageiros em uma situação de crise

A Central-RJ, empresa estadual responsável pelo transporte ferroviário, apresentou nesta terça-feira (11) um plano de contingência que pode ser acionado caso a Supervia, atual concessionária do serviço, deixe de operar. Durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o diretor-presidente da companhia, Fabrício Abílio, entregou o plano aos deputados. Este plano visa a garantir a continuidade do transporte ferroviário dos passageiros em uma situação de crise.

O plano de contingência inclui:

  1. Manutenção do Sistema: Assegura a operação contínua do sistema ferroviário, mesmo em situações de crise.
  2. Recursos Humanos: Garante que haverá pessoal suficiente para a operação dos trens.
  3. Acordos com Fornecedores: Estabelece parcerias para garantir suprimentos e logística necessários.
  4. Parcerias: Formação de alianças com empresas privadas e órgãos governamentais para apoiar a operação.
  5. Horários e Intervalos: Apresenta uma tabela detalhada com intervalos e horários dos trens em cada ramal.

Fabrício Abílio também mencionou que está em discussão um novo modelo de gestão para os trens, que inclui a contratação de uma empresa terceirizada para operar o sistema e outra para realizar a manutenção. Esse modelo é comparado ao adotado em outras capitais como Belo Horizonte, Brasília, São Paulo e Fortaleza.

A crise financeira da Supervia levou o governo estadual a decidir não liberar mais recursos para a concessionária, que alegou ter fundos para operar o sistema até julho. A Justiça determinou que as partes negociassem até o dia 27 de junho para encontrar uma solução.

Durante a audiência, a ausência da Supervia foi notada e criticada pelo deputado Luiz Paulo (PSD), que presidiu a sessão. Ele considerou a reunião produtiva, destacando a importância do plano de contingência e a proposta de recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no valor de R$ 1,3 bilhões.

A Supervia justificou sua ausência alegando estar focada em cumprir uma agenda judicial e afirmou que o sistema enfrenta depredações, agravando sua crise financeira. A empresa está buscando soluções judiciais para a situação e reafirmou que, sem novos recursos, só poderá manter a operação até julho.

O secretário estadual de transportes, Washington Reis, expressou a intenção do governo de reassumir a gestão dos trens, encerrando a concessão que já dura mais de 25 anos.

Com informações do G1.  


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