Ceciliano trocará de função no Planalto: agora, será ponte entre governo e Congresso

 

Ex-presidente da Alerj passará a trabalhar na Seai e ficará com a incumbência de ser uma espécie de ‘ponte’ entre o Planalto e o Congresso

O ex-presidente da Alerj e atual secretário especial de assuntos federativos da presidência da República, André Ceciliano, trocará de função com a reforma ministerial do governo Lula. Reconhecido pela interlocução da União com prefeitos de todo o Brasil, Ceciliano passará a trabalhar na Secretaria de Articulação Institucional (Seai) e ficará com a incumbência de ser uma espécie de ‘ponte’ entre o Planalto e o Congresso. A mexida coincide com a ida de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais, onde ele batia ponto, e a transferencia do seu antigo chefe, Alexandre Padilha, para o Ministéria da Saúde.

Ceciliano voltou à cena em Brasília neste ano, depois de ter se licenciado, no segundo semestre do ano passado, para se dedicar à campanha vitoriosa do filho, Andrezinho Ceciliano, à prefeitura de Paracambi. O trabalho dele na Secretaria de Relações Institucionais, a SRI, foi reconhecido no Palácio do Planalto, onde foi o principal responsável pelas Caravanas Federativas, que aproximaram prefeitos da presidência da República.

Ceciliano é visto como um quadro de bom trânsito entre os petistas, por óbvio, mas capaz também de dialogar com bolsonaritas e membros do Centrão. É importante lembrar que ele presidiu a Alerj durante o auge do bolsonarismo, em 2018, e conseguiu pacificar a Casa.

Ele já decidiu que será novamente candidato à Alerj em 2026 e descarta se candidatar à Câmara dos Deputados, como chegou-se a especular, por calcular que tiraria votos de alguns dos seus companheiros de bancada fluminense, como Dr. Luizinho e Áureo Ribeiro, além de nomes da bancada petista. Apesar disso, ele não pensa em voltar à presidência da Casa.

Assim, apostando em ter um cargo no próximo mandato e seguir em Brasília, cedido a pedido do presidente Lula, o desafio de se candidatar à Alerj é considerado mais simples. O número de votos necessários para concorrer à Câmara também é mais alto, o que dificultaria os planos, apesar da vinculação direta ao presidente Lula.

* Da equipe do Blog do Ricardo Bruno em Brasília