Entenda o acordo que pode levar Bacellar a assumir o governo do estado já em 2026

 

A dúvida agora é quando Castro sai do cargo e abre espaço para que Bacellar assuma o governo, sem o vice no caminho

Janaína Lisboa (correspondente da Agenda do Poder em Brasília)

O acordo entre Thiago Pampolha e Rodrigo Bacellar para a escolha do nome que representará o grupo político de Claudio Castro na sucessão estadual não se limitou à vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), que o vice-governador herdará para sair do páreo. O controle da estrutura da Cedae também ficaria sob a tutela de Pampolha, comenta-se na capital federal.

Segundo um parlamentar com trânsito na cúpula do PL nacional, este quinhão teria sido decisivo para resolver a questão, cujas negociações duraram semanas. A dúvida agora é quando Castro sai do cargo e abre espaço para que Bacellar assuma o governo, sem o vice no caminho. Tem quem defenda que o governador deixe a cadeira já no final deste ano, para se dedicar à própria candidatura ao Senado. Ele teria dito a aliados, porém, que pretende sair apenas depois do carnaval de 2026.

O acordo já selado, que envolve cargos, ocorreu quando Cláudio Castro, Antônio Rueda, Pampolha e Bacellar atravessaram a madrugada numa suíte do Hotel Hyatt, na Barra da Tijuca, em busca de uma solução para o impasse.

A proposta prevê a nomeação de Pampolha para uma vaga no TCE ainda no primeiro semestre deste ano e, desta forma, Bacellar disputaria a eleição já no comando do Palácio Guanabara. A secretaria de Meio Ambiente, ocupada por Pampolha na gestão Castro, não entrou no pacote.