IPCA-15: prévia da inflação de abril desacelera, mas alimentos ainda pressionam índice

 

Com alta de 0,43%, IPCA-15 registra segunda desaceleração consecutiva, mas alimentos continuam a impactar o bolso dos brasileiros

A prévia da inflação de abril, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou uma alta de 0,43%, desacelerando pela segunda vez consecutiva após o índice de março ter sido de 0,64%, informa o jornal O GLOBO. O resultado divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (25) veio levemente acima do esperado pelos analistas de mercado, que projetavam uma alta de 0,42%. Apesar do alívio proporcionado pela queda no preço das passagens aéreas, os preços dos alimentos continuam sendo um fator de pressão para o índice.

O grupo de alimentação e bebidas foi o principal responsável pela alta do mês, com um aumento de 1,14%. Entre os alimentos que mais impactaram o índice, destaca-se o tomate, cujo preço subiu 32,67%, uma aceleração considerável em relação à alta de 12,57% observada no mês anterior. O café também seguiu em alta, com um aumento de 6,73%, e o leite longa vida teve um acréscimo de 2,44%.

Por outro lado, o grupo transportes foi o único a registrar queda no mês, com uma variação negativa de -0,44%. A principal influência desse resultado foi a queda nos preços das passagens aéreas, que ajudou a puxar o índice para baixo.

Inflação acumulada e cenário econômico

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 já soma uma alta de 5,49%, o que segue acima da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância para cima de até 4,5%. Esse cenário mantém a pressão sobre o Banco Central (BC), que tem como objetivo controlar a inflação para que ela se mantenha dentro dos limites estabelecidos.

O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (22), projetou uma leve desaceleração para a inflação do ano, com a expectativa de que o índice se reduza de 5,65% para 5,57%. Contudo, segundo as projeções do boletim, a inflação só deve recuar para o teto da meta, de 4,5%, em 2026.

O cenário de inflação persistente, especialmente em alimentos, continua sendo uma preocupação para o governo e para os brasileiros, já que impacta diretamente o poder de compra da população. O Banco Central segue atento ao desenvolvimento da economia e à evolução dos índices para tomar as medidas necessárias para o controle da inflação nos próximos meses.

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