Esquema resulta no afastamento da cúpula do INSS e no sequestro de bens de luxo em 14 estados
A megaoperação da Polícia Federal (PF) revelou nesta quarta-feira (23) um dos maiores esquemas de fraudes já identificados contra beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com o desvio estimado de R$ 6,3 bilhões.
A operação, batizada de Sem Desconto, teve detalhes divulgados em entrevista coletiva e foi noticiada originalmente pelo portal Metrópoles, responsável por revelar o caso.
No total, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão em 14 estados e no Distrito Federal. A PF apreendeu bens de luxo utilizados por investigados, incluindo carros como Ferrari e Rolls-Royce, avaliados em mais de R$ 15 milhões, além de US$ 370 mil em espécie. Também foram recolhidas motocicletas de alto valor.
“Estamos diante de um caso gravíssimo. Só com um único alvo apreendemos uma Ferrari, um Rolls-Royce, além de centenas de milhares de dólares em dinheiro vivo”, declarou o diretor-geral da PF, Andrei Passos, que classificou a operação como “um tiro certo”.
As investigações miram servidores públicos, operadores do esquema e dirigentes de entidades conveniadas ao INSS que, entre 2019 e 2024, teriam cobrado mensalidades indevidas de aposentados e pensionistas, sob a justificativa de oferecer vantagens como assistência jurídica, seguros ou auxílio-funeral.
Afastamento da cúpula do INSS
Por ordem judicial, seis altos funcionários do INSS foram afastados de seus cargos, incluindo o presidente da autarquia, Alessandro Stefanutto. Também foram afastados:
Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, procurador-geral do INSS
Giovani Batista Fassarella Spiecker, coordenador-geral de Suporte ao Atendimento
Vanderlei Barbosa dos Santos, diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão
Jacimar Fonseca da Silva, coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios
O afastamento temporário visa garantir a continuidade das investigações e evitar interferência nos trabalhos, segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), que também participa da operação.
Empresas de fachada e lavagem de dinheiro
A PF afirma ter identificado empresas de fachada utilizadas para ocultar recursos desviados, além da realização de transferências milionárias com indícios de lavagem de dinheiro. A Justiça determinou o bloqueio de bens dos investigados que somam mais de R$ 1 bilhão.
A operação ganhou força após a publicação de uma série de reportagens do Metrópoles, que revelou a existência de convênios firmados com o INSS desde o governo de Jair Bolsonaro (PL), mantidos no início do governo Lula (PT), permitindo o desconto automático de mensalidades associativas de aposentados — muitos deles sem sequer saber da filiação às entidades.
Possíveis crimes
Os investigados poderão responder por crimes como:
Corrupção ativa e passiva
Violação de sigilo funcional
Falsificação de documentos
Organização criminosa
Lavagem de capitais
Participaram da coletiva de imprensa o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues; o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho; e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
O caso segue sob apuração e novas fases da operação Sem Desconto não estão descartadas, segundo os investigadores.
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