Brasil terá mais 1 milhão de desempregados este ano e falta de trabalho pesará na eleição

Neste ano eleitoral, a lenta recuperação do mercado de trabalho, com inflação e juros altos, deve dominar os debates. Tiago Tristão, economista da Absolute Investimentos, estima que ao fim de 2022 serão 13,4 milhões de pessoas desempregadas, 1 milhão a mais que no fim do ano passado, mesmo com a expectativa da geração líquida de 400 mil vagas neste ano. Ou seja, a geração de vagas não vai acompanhar o aumento da procura por trabalho.

— O desemprego não vai cair de 12% para 8% em um ou dois anos. Vamos conviver com taxa de desemprego elevada por alguns anos. Quem assumir o governo, do ponto de vista da narrativa econômica, não tem problema, porque se a economia voltar ao potencial ao longo do tempo, tem quatro anos para uma recuperação. O problema é para quem está no governo agora — diz Tristão.

As previsões estão em reportagem do Globo.

Uma situação que não deve se alterar na próxima década, na avaliação de Lucas Assis, analista da Tendências Consultoria. Ele diz que a taxa de desemprego deve ficar em dois dígitos nos próximos dez anos, apesar de prever para dezembro um número de desempregados menor do que Tristão: 12,7 milhões.

— A incerteza gerada pelo ciclo eleitoral doméstico limita o dinamismo econômico e gera consequências para a retomada do emprego. O cenário para 2022 está bastante deteriorado e é desafiador, com destaque negativo para a queda do rendimento médio dos trabalhadores — explica Assis, lembrando que os impactos poderão ser duradouros. — Isso gera uma perda de capital humano muito grande, afetando a produtividade.

Fonte: https://www.agendadopoder.com.br/manchete/brasil-tera-mais-1-milhao-de-desempregados-estado-ano-e-falta-de-trabalho-pesara-na-eleicao/

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