O bicampeão mundial morreu um dia depois de seu aniversário e estava ao lado da família no momento
Em nota, a Confederação Brasileira de Basquete lamentou a morte do ídolo e prestou solidariedade aos amigos e familiares. A presidência da instituição declarou um período de luto de três dias para o basquete brasileiro.
— Amaury foi um gigante, um homem na vida e uma lenda no basquete. Tenho a satisfação de tê-lo tido como amigo e também como técnico. Um dos maiores não só do Brasil, mas como da história. É uma perda irreparável. Nosso corpo tem prazo aqui na Terra, mas o legado dele é eterno e suas histórias e feitos serão lembrados por gerações — citou o presidente da CBB, Guy Peixoto Jr.
Amaury foi um atleta habilidoso que teve na versatilidade uma de suas principais características. E por conseguir reunir tantos qualidades, se destacou naquela que é a época de ouro do basquete do brasil ao lado de astros como Wlamir Marques, Rosa Branca, Algodão e Ubiratan.
Com a seleção, foi bicampeão mundial e eleito MVP das duas edições, em Santiago 1959 e Rio 1963, além de ter conquistado duas medalhas olímpicas de bronze, nos Jogos de Roma 1960 e Tóquio 1964.
A fuga da natação para o basquete
A relação de amor de Amaury com o Brasil começou antes de seu nascimento. Filho de argentinos, seu pai, Antônio, trouxe a família para que o futuro astro da seleção nascesse em São Paulo, no dia 11 de dezembro de 1935.
— O meu pai não queria que eu nascesse na Argentina. Ele adorava o Brasil. Tanto que ele se naturalizou e fez uma medalha, que esta comigo, onde escreveu de um lado, sou brasileiro, e, do outro, tem uma bandeira do Brasil. Só voltamos para a Argentina porque minha mãe, com uma doença terminal, precisava se despedir da família — contou Amaury, em entrevista ao site da NBB, em 2016.
A ida de Amaury para a Argentina aconteceu quando ele tinha cinco anos. E foi na terra-natal que ele teve o seu primeiro contato com os esportes: a natação, onde chegou a ser campeão infantil dos 400m.
Mas de tanto acompanhar o pai nos treinamentos de basquete acabou por se apaixonar pela modalidade. Até porque, segundo ele, os treinos eram menos enfadonhos e solitários.
— Meu pai jogava basquete na ACM, eu pegava uma bola e ficava chutando na cesta. E esse foi o meu primeiro contato com o basquete. Depois passei a fugir dos treinos da natação para jogar basquete com os caras da ACM — lembrou Amaury.
Do infantil da ACM e do clube , Amaury atuou pelo juvenil do Buchardo, equipe da primeira divisão da Argentina. E aos 15 anos já estava integrado ao time principal. Ao falar sobre o amadurecimento efêmero, o brasileiro sempre brincou e dizia que só estava na equipe porque podia usar o agasalho da equipe e impressionar as “meninas”.
A volta para o Brasil
Aos 16 anos, Amaury voltou para o Brasil. Durante alguns meses, treinou basquete no Clube Atletico paulistano, onde jogou vôlei e chegou a ser campeão brasileiro e de seleções, como atleta de São Paulo.
Mas o clube em que Amaury despontou para o basquete brasileiro foi o Tietê. Levado pelo pai, ele continuou a jogar vôlei até que o técnico Oscar Guarana passou pela quadra durante um treino, se encantou e o levou para o basquete.
Amaury Pasos abraça o seu maior parceiro: Wlamir Marques — Foto: CBB
No Tietê, Amaury permaneceu até 1961. Em seguida, se transferiu para o Sírio onde permaneceu por quatro anos até chegar ao Corinthians.
No Corinthians, Amaury teve por companhia atletas como Wlamir Marques, Ubiratan, além de Rosa Branca e ficou conhecido do grande público. Em 1973, ele encerrou a carreira no Timão após conquistar os títulos de bicampeão sul-americano de Clubes Campeões (1966 e 1969) e brasileiro (1966 e 1969), tricampeão paulista (1966, 1968 e 1969) e pentacampeão paulistano (1966, 1967, 1968, 1969 e 1970).
A era de ouro da seleção brasileira
A chegada de Amaury à seleção de basquete ocorreu com uma ajuda do acaso, como ele sempre contou:
— Houve uma convocação para um torneio de novos, na Argentina, em Mendonça, e não fui chamado. Mas um dos 30 jogadores convocados não pôde ir, porque o pai morreu. O Amâncio (Mário, técnico de Amaury no Tietê) viu e pediu ao Kanela, que era o técnico da seleção. Pediu porque ao ver dele um dos melhores jogadores estava fora, que era eu. O Kanela aceitou o conselho, o Amâncio me levou ao Rio, cheguei ao ginásio do Flamengo e o Kanela falou: vai trocar de roupa que você vai entrar nesse racha aí. Muito tempo depois, o Kanela me falou que o rachão já tinha definido meu lugar de titular na seleção — contou Amaury.
E foi assim que, aos 18 anos, Amaury iniciou sua trajetória na seleção brasileira, onde foi logo vice-campeão mundial em 1954, no Rio de Janeiro. Pelo Brasil foram 96 partidas, 1.256 pontos, com a conquista de dois campeonatos mundiais em Santiago 1959 e Rio 1963, além de medalhas olímpicas de bronze, nos Jogos de Roma 1960 e Tóquio 1964, durante 16 anos em que atuou na equipe.
A exemplo do que ocorreria anos mais tarde com Oscar Schmidt, Amaury recebeu convite para atuar na Liga Americana de Basquete. Mas também rejeitou a transferência porque significaria ter de abrir mão de atuar pela seleção.
Empresário de sucesso, ao se despedir das quadras se dedicou ao negócios e passou a ter o golfe como hobby. Aposentado, chegou a se aventurar como técnico, em 1982, mas logo desistiu. E também integrou a seleção de masters.
Principais conquistas
Esporte Clube Sírio
Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões: 1961
Campeonato Paulista: 1959, 1962
Campeonato Paulistano: 1959, 1960, 1961, 1962, 1963
Sport Club Corinthians Paulista
Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões: 1966 e 1969
Campeonato Brasileiro: 1966, 1969
Campeonato Paulista: 1966, 1968, 1969
Campeonato Paulistano: 1966, 1967, 1968, 1969 e 1970
Seleção brasileira
Campeonato Sul-Americano de Basquetebol Masculino: 1958, 1960, 1961, 1963
Campeonato Mundial de Basquetebol Masculino: 1959, 1963
Outras Conquistas pela Seleção
Vice-campeão do mundial (Brasil – 1954)
Medalha de bronze nos Jogos Panamericanos da cidade do México (México – 1955)
6º lugar nos Jogos Olímpicos de Melbourne (Austrália – 1956)
Medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Roma (Itália – 1960)
Medalha de prata nos Jogos Panamericanos de São Paulo (Brasil – 1963)
Medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão – 1964)
3º lugar do mundial (Uruguai – 1967)
7º lugar nos Jogos Panamericanos de Winnipeg (Canadá – 1967)
campeão do mundial de Master (Costa Rica – 1995)
Com informações do ge.
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