RICARDO BRUNO
Não é crível a alegação da Águas do Rio de que foi ludibriada pelo governo do estado com dados inconsistentes apresentados no edital. Segundo a marota alegação da empresa, o governo teria turbinado artificialmente o potencial da coleta de esgoto para inflar o valor final da concessão. Grosso modo, a companhia, que pertence ao grupo Aegea – um dos maiores do planeta no segmento – se mostra como uma donzela, inocente e despreparada, diante de um espertalhão que a teria enrolado com artimanhas aparentemente imperceptíveis.
A encenação visa a convencer a agência reguladora a conceder precocemente – dois anos após a licitação – reajustes contratuais que garantam o reequilíbrio financeiro da operação. Em outras palavras, a empresa quer autorização para aumentar os valores cobrados dos clientes ou pedir ajuda extraordinária ao erário para cumprir os encargos contratuais que a obrigam a investir cerca de R$ 24 bilhões nos próximos anos. Ambas as hipóteses são inadmissíveis e depõem contra a credibilidade e a reputação da Águas do Rio.
Nos últimos anos, o Rio de Janeiro não tem sido sorte na escolha dos concessionários dos serviços públicos. Há problemas sérios na operação dos trens da Supervia, nas barcas, no Metrô e também na concessionária federal de energia Enel. Em todos os casos, os serviços são de péssima qualidade.
É inacreditável que a Aguas do Rio tenha o desplante de apresentar a tardia reclamação na agencia reguladora. Primeiro, tinha e tem um corpo técnico preparado, absolutamente capaz de detectar todas as nuances do problema à época da licitação. Antes do certame, a companhia se debruçou na análise dos lotes licitados, esmiuçando as vísceras do edital, solicitando informações adicionais, confrontando dados com a realidade em campo num exaustivo levantamento a fim de que pudesse, com segurança, fazer sua proposta.
O atual presidente da empresa, Alexandre Bianchini, é egresso dos quadros da Cedae; foi diretor exatamente da área de esgotos da estatal. Tinha, portanto, conhecimento e informações técnicas privilegiadas para assessorar a empresa na formulação da proposta.
Não pode agora, dois anos depois, quando a companhia por força do contrato começa e ter a obrigação de fazer investimentos mais pesados , alegar desconhecimento da realidade fática encontrada. É desonesto.
Esse tipo de comportamento de parte do empresariado nacional descredibiliza a privatização dos serviços públicos. Após capturarem o contrato, passam a usar de subterfúgios para não realizar os investimentos previstos. O caso da Concer, concessionária da Rio-Petropólis, é exemplar. Alem de não realizar as de melhorias na rodovia, tenta se manter na operação, com a concessão expirada, através de chicanas jurídicas.
A reação dura, firme e irretorquível do governo do estado ao movimento traiçoeiro da Águas do Rio merece apoio. O caso também deve ser objeto de uma averiguação pela Assembleia Legislativa que não pode se calar diante da possibilidade de, mais uma vez, se colocar em risco o interesse público.

.png)
Cavil
Reis Contabilidade
Rafael
Sabores do Líbano
Léo Lanches
Picolé
jo modas
EUDORA
CBJ
AMBIENTAL
REVITALE
WALDINEI
Beirute
SERGIO IMOVEIS
BOM GAS
POSTO CAVIL
EMPORIUM
VITAL TELEFONIA
SANTA PICANHA
TONINHO SEGUROS
JÔ DOCES
NOVA LIDER
ZERO GRAU
TAXI GILMAR
LOCAÇÃO DE BRINQUEDOS
STUDIO SABRINA SALIM
RESTAURANTE VARANDÃO
INOVAR
VANUSA MODA FEMININA
PICOLÉ + FRUTA
FAUSTO DESPACHANTE
CDC - Centro de Desenvolvimento e Capacitação
PADARIA DO TONICO
GESSO MASTER
ATON ENERGIA SOLAR
BRAGA GÁS E ÁGUA
EURODA
DESENTUPIDORA
BORRACHARIA BOM JESUS
MOTOBOY BOM JESUS
GRAVAÇÃO DE VINHETAS
JET CARIMBOS
0 Comentários